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terça-feira

Desemprego deve fechar este ano abaixo de 2010

O desemprego no mês passado voltou a registrar quedas recordes. A taxa de desocupação foi estimada em 6,2%, a menor para o mês de junho desde o início da série de pesquisas do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), em março de 2002.

Na média do primeiro semestre, a taxa de desemprego atingiu 6,3%, a menor marca da série histórica. Em todo ano 2010, a taxa média havia ficado em 6,7%.

Por meio de sua assessoria de imprensa, o IBGE afirmou que a tendência é que este ano feche com um nível de desemprego menor do que o ano passado. Isso também é explicado porque historicamente o segundo semestre costuma ser bom para o emprego por causa das datas festivas, principalmente a partir de setembro.

Em análise da LCA Consultores feita ontem sobre o mercado de trabalho nacional a projeção é que a taxa de desemprego feche este ano em 6,2%, mas, o aumento de endividamento das famílias deve desestimular a abertura de mais vagas em relação ao ano passado, principalmente no comércio.

Poder de compra

O gerente da Pesquisa Mensal de Emprego do IBGE, Cimar Azeredo Pereira, destacou ontem também que houve um aumento do poder de compra da população ocupada (0,5% sobre maio e de 4% sobre junho do ano passado). “Isso se justifica principalmente pelo aumento do salário mínimo, aumento de vagas com carteira assinada, maior organização do mercado de trabalho e um cenário econômico mais favorável”, afirma.

A população desocupada do país em junho foi de 1,5 milhão de pessoas. A população ocupada no mesmo mês atingiu 22,4 milhões de pessoas.

Criação de vagas tem desaceleração

A notícia positiva sobre o desemprego em baixa não se repetiu em relação a criação de vagas. Ontem o Ministério do Trabalho divulgou que foram criados 1,41 milhão de empregos com carteira assinada no primeiro semestre deste ano. Com isso, houve queda de 13,4% frente ao mesmo período do ano passado, quando foram abertas 1,63 milhão de vagas. O ministro do Trabalho, Carlos Lupi, disse ontem que a queda ocorreu porque houve antecipação de contratações por causa das eleições do ano passado. Ele acredita que o segundo semestre deste ano vai apresentar um saldo positivo porque há muitas empresas estrangeiras investindo no país.