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sábado

Queda das bolsas não é o suficiente para definir posicionamento em ações

SÃO PAULO – Forte sequência de perdas e valuations baratos. A receita para a definição de um ponto de entrada no mercado de ações parece fácil, mas pode ser enganosa se faltar ao investidor a parcimônia necessária para identificar exatamente o que se passa.

O alerta é dado pelo estrategista-chefe do Citigroup para ações, Tobias M. Levkovich. “Muitas pessoas veem o recente desempenho negativo dos mercados como uma oportunidade de compra”, afirma. Todavia, o simples fato de os preços das ações terem caído não é suficiente para definir a estratégia.

Quando o mercado passa por momentos de pânico, com aguda aversão a risco, os preços de ações tendem a sofrer até o ponto em que ficam baratos, deixando de refletir os fundamentos da empresa.

Nos últimos 30 dias, o desempenho dos principais índices de ações globais não deixou dúvidas sobre as perdas. Confira na tabela abaixo:

Desempenho das bolsas*
Índices 30 dias (%) 2011 (% ) 365 dias (%)
Ibovespa -2,17 -8,42 +3,23
S&P 500 -5,02 +2,49 +22,1
Nasdaq -6,51 +1,20 +24,36
DAX 30 -4,55 +3,55 19,63%
*Variação até o fechamento de 10/06/2011


“Muitos têm tomado valuations baratos (...) como argumento para sair da renda fixa para ações”, explica Levkovich “Esse tipo de conversa revela que investidores procuram por desculpas para ficar comprados em ações e não fugir da renda variável”, concluiu.

De acordo com a equipe do Citi responsável pelo relatório de estratégia, formada também por Lorraine Schmitt e Andrew Ward, “a fragilidade recente dos mercados de ações ainda não gerou medo genuíno”. Tradução: os investidores estão mais ansiosos, mas não a ponto de gerar uma recomendação para o posicionamento em ações.